2.1.11

A GATA DE SCHRODINGER

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“Para mim, tal como sou agora, hoje é o último dia. Este é o meu último entardecer. Quando o novo dia nascer, eu, tal como sou agora, já não estarei aqui. Outra pessoa diferente habitará o meu corpo.” (Haruki Murakami em Sputnik, meu Amor)

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Uma das razões por que gosto que B me fotografe, é o registo das várias pessoas que passam por mim. Por vezes sinto-me como se fosse o gato, neste caso a gata, de Schrodinger que ilustra o paradigma quântico. Será que, se ninguém me observa, eu existo nesta realidade? A visão quântica diz-nos que nada é real até ser observado. Sendo a gata de Schrodinger, existo num estado indeterminado que não é vida nem é morte, até que alguém me observe...Nada é real se não é observado!

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E tu, meu querido e amado B, tornas-me real todos os dias...

 
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